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terça-feira, 1 de abril de 2014

★⋰˚ sensualitê I - Vulgar ou sensual









Um beijo desce pelo corpo
passeia pelas pernas
beijando cada dedinho do pé
sobe pelas curvas das ancas
deslizando no meio das nádegas
serpenteando pelas costas acima
até atingir a nuca
afastar teus cabelos
tornear tuas orelhas
buscando teus lábios abertos.
Encontro de línguas em fogo
e mãos que descem aos seios
teus mamilos em minha boca
teu arfar em meu coração
minha alma em teus braços.
No meio de tuas perna
so cheiro perfumado do prazer
atrai meu encaixe que busca
tua entrada que acolhe
sem pensar em mais nada...

Camila Sintra











Quero lhe beijar a boca
morder seus lábios
e brincar sua língua na minha.
Quero lhe beijar a nuca
lhe arrepiar inteiro
encostar meu peito no seu
até os corações se compassarem
as mãos entrelaçadas suarem.
Quero um abraço eterno
de guardar seu cheiro na minha pele.
Quero me queimar no seu fogo
e guardar pra sempre a cicatriz escarlate
desse nosso encontro.


Léa Waider

















Quero um homem
que toque minha alma,
que entre pelos meus olhos
e invada meus sonhos.
Quero que me possua inteira,
corpo e alma,
fazendo dos meus desejos
breves segundos de êxtase
o prazer do encontro total.
Quero sentir seus braços longos
envolvendo meu abraço,
seus lábios mudos
calando o meu silêncio
sem precisar nada dizer...
apenas me olhando
com olhos negros e úmidos
e me tomando devagar,
como o mar avança na praia,
como eu sei que tem que ser
e sei que um dia será.

Cláudia Marczak


















Quero um amor alucinado, depravado, tarado.
Amor inteiro, de corpo , enlacados.
Amor sem reserva, que a tudo se entrega, lancinante.

Quero voce assim, abrasada, pedindo gozo,
Ericada, ronronando feito gata, tesuda.
Seus seios tumidos, me furando o peito.

Quero voce, pentelho contra pentelho, rocantes.
Carne encravada na carne. Bocas coladas,
Babadas, meladas, sangrando sufocadas.

Quero amar voce tao bichalmente que urremos.
Eu, penetrando rasgando. Voce me comendo furiosa.
Nos dois fundidos, unidos, soldados.

Voce e eu, nos dois, sos, neste mundo dos outros...


Darcy Ribeiro
Jornal do Estado de Sao Paulo 12/06/1998
Dia dos Namorados.


































Vulgar ou sensual?
20/05/2006
Uma mulher queixava-se dos homens do seu grupo social, pois entendia que eles a desrespeitavam. Não se via como atraente, mas eles a definiam como vistosa e provocante. Ela perguntou para uma irmã e uma amiga o que achavam do seu comportamento. Ambas não a definiram como incitadora, mas disseram que ela chamava a atenção em algumas ocasiões, arriscando um decote mais profundo, um jeans arrojado, uma saia curta.

A opinião das outras mulheres não esclareceu muita coisa. Ela perguntou a um colega de trabalho que assumia claramente a orientação sexual de gay. Este brincou com ela dizendo: “se eu nascesse mulher, gostaria de ter o seu corpo, mas continuar com a minha própria alma, pois você não sabe o que é malícia e eu sei muito bem!”.

O comentário do amigo homossexual também criou contradições. Ela havia lido um livro sobre grandes sedutoras da História, mulheres que exerciam táticas para atrair, enganar e espionar homens importantes. Essas personagens femininas, além de usar seus corpos esculturais, pareciam atuar com alto espírito malicioso, audaciosas e premeditadas.

De um conhecido que costumava cercá-la com xavecos, ela ouviu que aquele modo de vestir-se, andar e sentar eram suficientes para fascinar os homens. E quando falava e movia os cabelos, era demais, eles se derretiam.

Tudo parecia estranho e incompatível para a nossa focalizada. Ela não escolhia roupas pensando em sugerir fascínios, não imaginava reações nos homens, nem contava com a presença deles. Por vezes até ideava sobre as homorrivais, as mulheres que poderiam observá-la, captando críticas ou elogios.

Falando em homorrivalidade feminina, é sabido que muitas mulheres preocupam-se mais com o impacto que sua produção causará nas outras mulheres do que nos homens. Há, no entanto, aquelas que se produzem para atraí-los.

A mulher do nosso exemplo, como a maioria feminina, pensava mais na observação das outras. Porém, os homens é que a notavam e reagiam vigorosamente à sua presença.

Uma analogia tem sido útil na minha clínica: um sujeito tem um barco e convida amigos para um passeio panorâmico, para mostrar a linda paisagem daquele trecho marítimo. Depois de algum tempo, um convidado começa a procurar uma vara de pesca. O dono da embarcação retruca: “não trouxe varas, não viemos pescar”. O outro se desculpa, dizendo que viu muitos peixes e não resistiu à tentação.

A diferença entre sensualidade e vulgaridade corresponderia respectivamente à ousadia erótica e pornográfica. Podemos entender o erotismo, o estilo sensual, como um fenômeno indireto, de caráter ambíguo, como uma translucidez, a abertura insinuada e não revelada por inteiro. Por outro lado, a pornografia, o decurso vulgar, é o comportamento direto, de característica indubitável, como a transparência total, inteiramente declarada.

Os dois níveis são excitantes, mas os que preferem o critério de exibição explícita e resoluta limitam as abstrações. Quem se delicia com a ação erótica, mais velada, duvidosa, expande a subjetividade.

As mulheres que exercem o jogo sedutor de forma premeditada recorrem às táticas da dissimulação. São pessoas espertas que ocultam a sua verdadeira malícia, manipulando o véu da ilusão para disfarçar intentos de outra ordem (sexuais, políticos, comerciais).

A mulher que encanta os homens com uma ambigüidade natural tende a estar duplamente erótica: há um clima duvidoso dentro dela mesma, ela atua de modo provocante sem a intenção clara de fazê-lo e ainda incita a dúvida no provocado.

Um dos símbolos eróticos mais fortes do cinema, Marylin Monroe, passava esse erotismo em dobro nos seus papéis. Há quem sugira que também na realidade ela era assim, e que por esse perfil sucumbiu à fama.

Portanto, a combinação mais amplamente sensualizada associa: a autêntica alma feminina, sua índole ingênua cingida de brejeirice, e o espírito masculino genuíno, desafiado pela sedução irresoluta, à busca do controle da situação.
mulher como fêmea natural, tem em provocar a nós, pobres machos, porém, nos dias de hoje a vulgaridade está latente em tudo, a música então é o exemplo mais clássico de como a mulher aceitou ser vulgar e a não se dar respeti algum, basta ouvir as imundices de batidão carioca, forrós sem nenhum conteúdo, axé de descer e engolir a garrafa e por ai vai. Depois vem a TV, com programas ridículos que vendem a mulher como objeto também. Basta ver que sempre tem uma mulher semi-nua em certas propagandas cujo o produto não tem nada a ver com o físico feminino, apenas uma exploração do corpo. Mas..., sinceramente falando, estes tempos são ótimos, não preciso ir à casa da namorada e nem vou ter de casar para fazer amor, hoje tá tudo muito fácil, a mulher de hoje tá facil. Acabou o romantismo, elas não falam mais em principes ou poesias, querem fazer e ouvir vulgaridades. Se um cara declama uma poeisa ou um simples verso ele é careta, mas se falar palavrões pelos cotovelos, este é um cara antenado e a mulherada vai amá-lo. Claro que tem a minoria que ainda se dá o devido valor e respeito, estas estão em extinção

















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